terça-feira, 20 de maio de 2014

Glúten- qual o problema de produtos com glúten?


Há cerca de 15 anos atrás, eu ouvi, a primeira vez, falar da intolerância ao glúten. Tenho uma prima que nasceu com essa intolerância e isto, há 15 anos, era um grave problema porque não havia esta difusão de informação e poucos eram os alimentos que não possuiam esta protéina.

Hoje as coisas mudaram. O glúten está na ordem do dia mas será que sabemos o que realmente é? E se é prejudicial a nós que não somos intolerantes? E o que acontece ao organismo das pessoas intolerantes?
O glúten é uma protéina encontrada em cultivos de grande distribuição, como o trigo, aveia, centeio e cevada, além de estar no malte dos cereais. Ora, estes ingredientes fazem parte da composição das massas, pães, biscoitos, bolachas, pizzas, molhos, temperos, cerveja, etc..



É importante referir que os alimentos que ingerimos só são utilizados pelo nosso organismo após terem sido digeridos e absorvidos. As pessoas celíacas, por diversas razões, não toleram alimentos que contenham glúten, não conseguindo, portanto,absorver certos nutrientes no intestino.
Geralmente, as complicações surgem pela primeira vez após a introdução de farinhas na alimentação quando os bebés começam a comer papas (por volta dos quatro ou seis meses de idade). Mas esta doença não é exclusiva das crianças. Segundo estudos recentes, muitas pessoas adultas podem sofrer de doença celíaca, descobrindo que são intolerantes já na sua adultez. Não se sabe com certeza, porque apenas algumas pessoas são intolerantes ao glúten, mas o mais certo é que esse facto esteja relacionado com os hábitos alimentares, o que poderá eventualmente ser justificado pela ausência desta patologia nos países do Oriente, onde a base alimentar não é o trigo. Actualmente, sabe-se que existe uma predisposição hereditária no que respeita esta doença.

O diagnóstico correcto desta patologia passa por vários exames: pode verificar-se no sangue através de anemia e da diminuição de alguns componentes normais como o colesterol, o ferro, as proteínas e as vitaminas. Porém, para uma avaliação exacta, é imprescindível realizar-se uma biópsia ao intestino. 
A doença celíaca apenas pode ser tratada com dieta, devendo ser eliminados da alimentação todos os alimentos que contêm glúten, ou seja, o trigo, o centeio, a cevada e a aveia. É necessário não esquecer que esta dieta deverá ser seguida durante toda a vida, pois esta doença não tem cura. A nível de alternativas, no que respeita aos cereais e, nomeadamente às farinhas, pode optar-se, sem quaisquer riscos, pelas farinhas de milho, arroz, soja, beringela e também pela fécula de batata e pela mandioca. Pode-se comer todo o tipo de carne, peixe, leite, ovos, legumes, leguminosas e frutos. Devido à má absorção dos alimentos gerada pela doença celíaca existem, muitas vezes, carências de determinados nutrientes, pelo que se poderá justificar a suplementação alimentar.

Porque muitos de nós, não intolerantes, tentamos evitar o glúten? O glúten não é um nutriente essecial para a saúde, daí que a sua retirada, para além de poder proporcionar perda de peso, pode melhorar o funcionamento do organismo, nomeadamente do intestino.

Fontes:
Livro de Anatomia e Fisiologia
Celeiro

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