quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Mitos da carne

Na revista Sport Life de Outubro, vem um artigo que considerei interessante para desmistificar algumas ideias face à carne. Há quem defenda que não a devíamos comer. Há quem opte só por carnes brancas. Há quem abomine da dieta as carnes vermelhas. Há quem consuma imensa carne vermelha. Há quem consuma todos os tipos de carne, variando. Enfim, as ideias preconcebidas são muitas e eu vou fazer-vos um resumo e dou também a minha opinião.

Porque devemos comer carne? Quais os benefícios?

  • Todas as carnes tê um grande teor protéico de elevado valor biológico. No entanto, o leite e o ovo conseguem ainda ter mais quantidade.
  • Podem ter um valor energético baixo. O peito de frango ou de peru sem pele, por 100g crus, têm entre 100 a 110kcal. Mas estas calorias aumentam para valores na ordem das 250kcal/300kcal ou mais em costeletas ou perna de porco.
  • A gordura da carne é, maioritariamente, saturada, Mas no frango sem pele, cabrito ou cavalo, os valores de gordura ficam muito abaixo dos 10%. 
  • As carnes são das melhores fontes de vitaminas do complexo B (óptimas para prevenir estados de carência de ferro).
  • O mineral mais presente e em grande quantidade é o ferro "heme", que é a forma melhor absorvível no sistema digestivo.
  • A carne de coelho é das melhores que podemos consumir: pouca gordura saturada e uma quantidade razoável de gordura insaturada; rica em proteína e vitaminas do complexo B.
  • A carne preserva-se bem e durante bastante tempo congelada.
  • O seu conteúdo em proteínas faz da carne um alimento bem saciante, proporcionado uma digestão mais lenta.
E qual o lado negro?

  • Dependendo da carne e do corte, pode ter grande quantidade de ácidos gordos saturados, relacionados com o mau colestereol e os triglecéridos elevados.
  • Parcas em hidratos de carbono (aqui pode ser uma vantagem) e fibras.
  • As vísceras como o fígado, rins, coração, língua, miolos, etc., no geral, contém muitas gorduras saturadas, colesterol e purinas. Por outro lado, são ricas em ferro e  vitaminas (as melhores são o fígado, cérebro e coração), Aqui a moderação é a chave!
  • Os enchidos são ricos em gorduras e sal.
  • A carne pode ser facilmente adulterada: pode conter antibióticos, hormonas, conservantes, corantes, etc. Como nem todos podemos ter quintas com animais, o ideal era optar por carnes de origem biológica.
  • As carnes muito cozinhadas ou carbonizadas (quando grelhadas) podem conter compostos potencialmente prejudiciais  e cancerígenos que se formam naturalmente quando a carne é exposta a temperaturas elevadas.
  • A carne se não for devidamente congelada ou refrigerada, tem tendência a estragar-se num curto espaço de tempo.

Deixo-vos uma tabela comparativa do valor energético, proteínas, gorduras/gorduras saturadas e colesterol de vários tipos de carne em cru!
A minha opinião continua a ser muito linear e baseada no que defendo na minha vida: moderação e equilíbrio. Eu DISPENSO carne de vaca e porco porque adoro carnes com ossos e suculentas e acho estas carnes mais secas e sem graça. Mas obrigo-me a comer fígado de vitela porque a minha mãe sabe cozinhá-lo de forma super saudável e boa mesmo e sei que me faz bem! De resto marcha muito bem o frango e o coelho que são as minhas carnes favoritas. O peru também mas frango e coelho estão lá no topo, de preferência grelhados ou assados no forno a lenha :)

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