quinta-feira, 3 de abril de 2014

Dieta Paleo, quem segue? O que é?

Muitos estudos têm demonstrado que, nas sociedades primitivas, as doenças actuais como a obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, osteoporose e até o cancro eram inexistentes ou desconhecidas. Uma das causas prováveis do aparecimento destas doenças prende-se com a introdução da agricultura e com o desenvolvimento, posterior, da indústria alimentar. Ou seja, a dieta actual, rica em açúcares e farinhas refinadas (e todos os derivados como o pão e bolachas), bem como centrada no consumo exagerado de hidratos de carbono contribui em larga escala para o aparecimento de muitas doenças. Mas isto já é mais ou menos do senso comum.
Mas, na busca de padrões alimentares saudáveis e alternativos, iniciou-se, na década de 80, uma discussão em torno da dieta do paleolítico. 
Os pilares da dieta são:

  • Ingestão elevada de proteínas, fibra, potássio, vitaminas e minerais antioxidantes;
  • Baixa ingestão de hidratos de carbono e sódio;
  • Ingestão moderada a elevada de gordura mono e polinsaturada.
O que comer, então:
  • Sementes e nozes (ricos em ácidos gordos monoinsaturados);
  • Proteína animal (peixe, marisco, carne de animais de pastagem e ovos);
  • Gordura saudável (com origem no abacate, azeite, coco e linhaça);
  • Fruta e vegetais (contém hidratos de carbono com baixo índice glicémico e são as grandes fontes de HC da dieta).
O que não comer:
  • Açúcar ou outros alimentos processados e açucarados;
  • Leite e derivados;
  • Cereais e derivados;
  • Batata ou batata-doce;
  • Leguminosas como o feijão, lentilhas e soja.
Prós:
  • Rica em fibras, proteínas, vitaminas, minerais e antioxidantes;
  • Grande quantidade de óleos essenciais - ómega 3;
  • Facilita o emagrecimento;
  • Não contém lácteos nem derivados;
  • Exclusão de comida processada;
  • Baixo teor em sal.

Contras:
  • Carência de HC (leva a falta de energia e mau humor);
  • Muito fundamentalista;
  • Monotonia na alimentação (exclui grupos da Roda dos Alimentos: lacticínios, leguminosas, cereais);
  • Impossível de ser seguida por vegetarianos.

O que acham disto? Eu fiz esta pesquisa, baseada num artigo da revista Prevenir de Março, neste artigo e neste livro porque senti que precisava de conhecer melhor esta temática mas, como em tudo, penso que deve imperar o bom-senso, o gosto pessoal e as necessidades físicas. Acho que é uma "dieta" muito específica mas tem a sua lógica e gosto da parte que exclui os alimentos processados. É fácil e cómoda de aplicar na prática? Não. Daí que devemos ser críticos e adaptar ou retirar algumas ideias. Cada pessoa deve seguir um esquema próprio de re-educação alimentar e entender isso como vitalício. Só assim será mais saudável.

Dêem a vossa opinião :)

4 comentários:

  1. É um estilo de vida, que mais vale nem 8 nem 80 a não ser que se saiba muito muito bem o que se está a fazer!

    Beijinhos Vivi**

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  2. acho que é muito radical para mim, quem sabe um dia eu chego lá...uma amiga a segue e possui um corpo e um estilo de vida invejáveis

    :)

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  3. Sou da mesma opinião que você, flor. Absorver o possível sem radicalizar. Já tinha visto alguma coisa sobre essa dieta mas não tinha me aprofundado no assunto. Gostei muito do post. Bjos

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  4. Gosto de comer de tudo um pouco, não vejo a necessidade de excluir certos tipos de alimentos. Como qualquer dieta tem coisas boas e coisas más e certamente que estas dietas enchem os bolsos de quem escreve os livros :P

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