Foi um fim-de-semana comprido e, ao mesmo tempo, que voou. Fiz dois turnos, uma receita nova, compras de novos produtos, tive a minha segunda prova de corrida e coloquei a leitura em dia.
Ontem comecei o dia às 6h da manhã, numa viagem até à cidade que me dá trabalho. Nada no estômago (a não ser água morna e limão), apesar da incoerência. Prefiro chegar com tempo, sentar-me de desfrutar. Ontem foi leite de soja light com mistura de café, pão de centeio integral e queijo fresco magro. E eis-me pronta para um turno da manhã e um dia non-stop que culminou no turno da noite.
E hoje, saída de um turno relativamente calmo (ainda bem!), trata de colocar o chip nas sapatilhas, espetar o dorsal e enfrentar uma manhã virada do avesso com um vento demoníaco e uma ameaça latente de chuva. Nada de calções nem t-shirt. Siga de calças justas, camisola de running de manga comprida e o meu anorak na mochila. O pré-treino foram duas fatias generosas de pão de centeio integral torrado com um queijo fresco light e chá verde com ginseng. Precaução e aprendizagem: banana na mochila.
Chego com uma hora de antecedência ao local da prova e avalio que mais vale reposicionar o dorsal por cima do anorak. Estava uma vento mesmo violento que me deixou cheia de frio. Deixei-me estar no carro o máximo que consegui. Depois comi a banana, fiz uma caminhada vigorosa, guardei a chave do carro e tive de prescindir do telemóvel com a aplicação porque me incomoda levá-lo nos bolsos do casaco (manias! só gosto de o levar em bolsos das calças/calções e estas calças têm um bolso muito pequeno).
Local da partida sem grande aparato, muita gente (quase toda em grupos/pares e eu sozinha :p) e um tiro sem grande alarido. Posicionada o mais que consegui à frente, lá fui eu. Sabia o percurso. Era plano portanto toca de acelerar um bocadinho (ou isso ou o medo da chuva). Primeiros 2/3km impecável, o problema foi correr contra o vento. Há que deixar a vergonha de lado e colocar-me atrás de alguém robusto. O percurso eram duas voltas ao mesmo local (foram 10km, 5 em cada volta). Passo o local de partida/meta e já só penso que falta metade. Mas estou bem, se não fosse o vento. Aproveito enquanto me é favorável (pelas costas). Sucumbo um bocadinho quando volta ser de frente. E, em menos de 46min, corto a meta. Alguns aplausos mas pouca gente. Estou bem, mesmo. Bebo uma garrafa de água, levanto a t-shirt que tenho direito, espreito para ver se há abastecimento sólido (não há mas eu trouxe a minha whey de reserva), questiono a companheiros de asfalto se foram mesmo 10km (parece que foram só 9,6km) e vou para o carro. Entretanto pergunto sobre as classificações (não tive mesmo noção do meu lugar) e dizem-me para aguardar porque ia subir ao pódio. Oi? Outra vez?
Começa a chover. Mas ainda há muita gente a chegar. Espero no carro até ouvir a entrega de prémios. Fico em segundo lugar, recebo a plaquinha e volta para casa, ao conforto de um banho quente, do pijama e de uma horinha de sono.
Mais uma prova. E, agora, há o desejo de me superar. Quero mais quilómetros. Mas vamos com calma.
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